É que eu fico puto com isso. Eu tenho vontade só de matar a pessoa que faz isso.
Um dia desses eu ia passando na calçada da minha casa – a caminho de lá- vi três pequenos gatos,tão pequenos que mais pareciam ratos. Havia uma tampa de margarida com uma fina camada de leite, ele tinha tomado muito leite, talvez tenha desmaiado por isso. Ou talvez pelo cansaço mesmo. Os animais eram menores que a minha mão, suas costelas apareciam sob a pele.
Ao passar, desviei o olhar por um instante. Um deles, de pêlos brancos, me olhou com seus olhos arregalados. Não parei ao ver aquilo, essa situação é normal por aqui. Quando já estava a uma distância próxima de três metros dos gatinhos, vejo que um deles me acompanha. O portão da minha casa tem uma diferença de dez centímetros do chão, o suficiente pra ele passar. Ele ficou lá em casa, eu dei comida a ele, depois levei algo para seus supostos irmãos (eles ainda estavam deitados na calçada). Depois subi para meu quarto. O bicho miou por alguns minutos e depois se calou.
Mais um animal vítima do homem. Até que ponto uma pessoa pode ser cruel para deixar um animal daquele tamanho (muito pequeno) na rua, sem comida, sem nada?
Ao pensar nisso, eu comia um hambúrguer. Ei, de onde vem essa carne?
1 comentários:
Adorei a sua reflexão. Não sou vegetáriana... gostaria de ser.
É meio contraditório falar disso. Mas eu gostaria.
Afinal, a carne que eu como na minha casa é um animal, que como eu e você, achava que iria crescer, e queria ter o direito de ser feliz.
Não conseguiria abandonar animais desse jeito. Existem abrigos para isso.
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